quarta-feira, 4 de junho de 2025

Os desafios da Doença de Parkinson - Loja Orthohouse


 

A Doença de Parkinson é a segunda condição neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Afeta mais de 6,3 milhões de pessoas globalmente, e, embora o Brasil ainda não tenha dados oficiais, estima-se que mais de 200 mil brasileiros convivam com a doença. Homens são ligeiramente mais afetados do que mulheres.

Com o envelhecimento da população brasileira e mundial, cresce também a incidência do Parkinson — uma condição progressiva e desafiadora, tanto para pacientes quanto para profissionais da saúde e familiares.

Como age a Doença de Parkinson?

O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios na substância negra do cérebro, responsável pela produção da dopamina — neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos, emoções e aprendizado. Sem dopamina suficiente, os sinais entre os neurônios são prejudicados, afetando principalmente o sistema motor.

Sintomas da Doença de Parkinson

Os tremores são o sintoma mais conhecido, mas estão longe de serem os únicos. Como os sinais iniciais são sutis, o diagnóstico pode demorar. Entre os principais sintomas estão:

  • Tremores (geralmente em repouso)

  • Movimentos lentos (bradicinesia)

  • Rigidez muscular

  • Alterações na postura e marcha

  • Perda de expressão facial (face em "máscara")

  • Escrita reduzida (micrografia)

  • Dificuldade para engolir ou falar

  • Tonturas e desmaios

  • Problemas de sono

  • Dificuldade para identificar cheiros

Esses sinais podem ser confundidos com o processo natural de envelhecimento, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.

O desafio do diagnóstico precoce

A Doença de Parkinson é diagnosticada clinicamente, ou seja, não existe um exame específico para detectá-la. Isso faz com que muitos pacientes só recebam o diagnóstico quando os sintomas já estão avançados.

A avaliação com um neurologista, aliada a exames de imagem como ressonância magnética e tomografia, pode ajudar a descartar outras condições e acelerar o diagnóstico.

Inteligência artificial no diagnóstico: um avanço promissor

Um estudo brasileiro coordenado pelo pesquisador Bruno Fonseca, mestre em Ciências da Saúde, está usando inteligência artificial (IA) para analisar eletroencefalogramas e identificar biomarcadores de Parkinson com até 89% de precisão.

Segundo ele:

“Esse tipo de sintoma se apresenta quando a doença já se encontra num estágio avançado. A IA pode ajudar a antecipar esse diagnóstico, o que pode mudar completamente o prognóstico do paciente.”

Tratamentos disponíveis e o que vem por aí

Atualmente, não há cura para a Doença de Parkinson, mas há diversos tratamentos eficazes para controlar os sintomas:

Medicamentos

A levodopa, associada a outros fármacos, é a base do tratamento. Porém, sua eficácia pode diminuir com o tempo, exigindo ajustes constantes.

Terapias complementares

  • Fisioterapia

  • Fonoaudiologia

  • Psicoterapia

  • Terapia ocupacional

Essas abordagens ajudam a manter a qualidade de vida e a autonomia do paciente por mais tempo.

Estimulação cerebral profunda

A cirurgia de estimulação cerebral profunda é indicada para pacientes que não respondem mais aos medicamentos. Eletrodos implantados no cérebro ajudam a controlar os sintomas motores com eficácia surpreendente.

Terapia genética

Ainda em fase experimental, a terapia genética promete revolucionar o tratamento ao restabelecer a produção natural de dopamina. Se bem-sucedida, pode ser o primeiro passo real em direção à cura.

Canabidiol (CBD)

Pesquisas como as da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) têm demonstrado que o CBD pode melhorar sintomas motores, emocionais e a qualidade de vida dos pacientes. Apesar da polêmica, os resultados são animadores.

Quando virá a cura?

Embora não seja possível afirmar com exatidão, especialistas acreditam que a cura para o Parkinson pode ser alcançada em anos, e não mais em décadas. Com mais de 800 estudos clínicos ativos e 150 novos medicamentos em teste, o cenário é mais otimista do que nunca.

Até lá, os pacientes contarão com tratamentos cada vez mais eficazes, capazes de controlar sintomas, reduzir efeitos colaterais e proporcionar uma vida mais ativa e digna.

A Doença de Parkinson impõe desafios enormes, mas também impulsiona pesquisas promissoras e avanços científicos. Com atenção aos primeiros sinais e acesso ao tratamento adequado, é possível viver com mais qualidade de vida.

Se você ou alguém próximo apresenta sintomas suspeitos, não hesite em buscar ajuda médica especializada. Diagnóstico precoce é o primeiro passo para enfrentar o Parkinson com mais leveza, esperança e controle.

Compartilhe este conteúdo e ajude a espalhar informação. Conhecimento também salva vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por entrar em contato conosco, assim que virmos sua mensagem entraremos em contato! Se preferir já pode nos adicionar no Whatsapp (51) 98439-2853