quinta-feira, 25 de abril de 2024

Apoio domiciliário ou lar de idosos : qual é o melhor?




O processo de envelhecimento é feito por fases. Esteja preparado.

A decisão de colocar um familiar idoso num lar de idosos, ou dar o apoio domiciliário terceirizado é complexa e exige uma reflexão cuidadosa.

Muitas vezes porque se associa lar de idosos e apoio domiciliário a maus tratos e abandono familiar, ou por causa do sentimento de culpa que esta decisão pode causar.

Uma das questões que gera mais ponderação é a decisão de escolher ir para um lar ou ficar em casa o máximo de tempo possível durante o processo de envelhecimento.

Pensar em longevidade implica também pensar em qualidade de vida e qual será o melhor contexto para viver a velhice.

Independentemente da decisão de ir para um lar ou ficar em casa, há sempre dois aspetos que têm que ser considerados: a mudança de hábitos e a aprendizagem de coisas novas.

Outros fatores a considerar são, as mudanças necessárias no ambiente circundante, e como obter ajuda sempre que necessário.

A maior parte das instituições são especializadas num acompanhamento adequado a idosos que necessitam de cuidados especiais, sobretudo quando a família não pode, seja por uma questão financeira ou por falta de tempo.

Não existem decisões perfeitas, cada situação implica sempre escolhas mais ou menos difíceis e a decisão deve ser ponderada, tendo em conta todos os aspetos negativos e positivos de cada uma das opções.

Considerações a ter em conta

É necessário considerar vários fatores e situações antes de tomar a decisão, porque seja ela qual for, vai ter impacto na saúde de bem-estar do idoso.

Quando é possível ao idoso tomar decisões sobre a sua própria situação, deverá ser ele a fazer a escolha sobre qual o cuidado e de que forma vai ser feito.

Poderá ponderar sobre ficar na sua própria casa, ir para a de um familiar com ou sem apoio domiciliário, ou ir para um lar.

Muitas vezes o idoso escolhe ir para um lar por causa da possibilidade de socialização e do apoio permanente, diminuindo também o encargo para a família.

No entanto, esta opção tem outras desvantagens, como o afastamento do seu ambiente familiar e das rotinas a que estava habituado.

O apoio domiciliário pode ser uma importante ajuda nesta situação, porque facilita a permanência do idoso na sua casa, mais próximo da família e num ambiente que ele conhece.

Lar de idosos: quais os benefícios?

O lar de idosos ou casa de repouso é um espaço que é utilizado como alojamento para um conjunto de pessoas idosas, que estão em situação de risco de perda de autonomia, de forma temporária ou permanente.

Os benefícios de um lar abrangem áreas tão diversas como:

Promover a socialização do idoso através da possibilidade de ter companhia e conversar com outras pessoas da mesma idade, facilitando a criação de novas amizades e partilha de experiências. Tudo isto contribui para a diminuição da solidão e da depressão nos idosos.
Prática de várias atividades com o objetivo de melhorar a autoestima e qualidade de vida do idoso, como o exercício físico, por exemplo.

Assistência médica regular com vários profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, e cuidadores, preparados para situações de emergência, caso seja necessário.
Preparação de refeições personalizadas por um nutricionista que garantem uma ingestão adequada de nutrientes adequados, garantindo o bom funcionamento do organismo.

Adaptação do espaço físico às necessidades de mobilidade com equipamentos como rampas, cadeira de rodas, cadeiras sanitárias, entre outros.
As preocupações com a realização de tarefas domésticas deixam de existir.

Apoio domiciliário: quais são os benefícios?

O apoio domiciliário ou a assistência domiciliária geriátrica, consiste na prestação de cuidados a uma pessoa que está na sua própria casa, mas numa situação de falta de independência física ou mental.

Por causa disso não consegue fazer face às suas necessidades básicas ou realizar as tarefas normais da sua vida quotidiana, quer seja de forma temporária ou permanente.

Os cuidados prestados no apoio domiciliário variam de pessoa para pessoa, de acordo com as necessidades específicas de cada idoso. Estes cuidados podem incluir o acompanhamento durante 24 horas, apoio nos cuidados de higiene ou nas tarefas domésticas, entre outros.

O objetivo é a promoção, manutenção ou recuperação da saúde do idoso, potencializando o grau de independência ou minimizando os efeitos da doença que o afeta ou os efeitos colaterais desta.

Assim, nem todos os idosos escolhem ir para um lar e preferem ficar em sua casa, mas a sua escolha deve ser respeitada. As razões para esta escolha são muito variadas, envolvendo vários fatores.

Muitos idosos pretendem passar os últimos anos das suas vidas perto das suas recordações, dos seus familiares e amigos e no conforto da sua casa. E a opção de ir para um lar, pode ser encarada e sentida pelo idoso, como uma forma de abandono pela família.

Por outro lado, a adaptação a novas rotinas e a outro ambiente no lar, pode ser difícil para o idoso que acaba por se sentir isolado e desamparado.

Alguns dos benefícios do apoio domiciliário são:

Os tratamentos são realizados no conforto do lar, minimizando o risco de infeções por contaminação de outros indivíduos doentes ou em recuperação.
Evita as deslocações múltiplas a locais ou clínicas com serviços especializados.
Elimina o stress que um ambiente desconhecido pode provocar.

Mais privacidade e conforto, manutenção de tudo o que é familiar como os seus familiares, objetos e rotinas diárias, o que ajuda a manter a autoestima elevada e proporciona maior dignidade na capacidade de decisão.

Maior vigilância e segurança do idoso, porque está acompanhado por cuidadores com conhecimento das suas limitações e necessidades.
Alimentação personalizada e preparada em casa, respeitando os gostos e hábitos alimentares.

Visitas de familiares e amigos sem a necessidade de cumprir horários ou outras formalidades associadas a alojamentos coletivos como os lares de idosos.
A recuperação da saúde tende a ser mais rápida e eficiente quando acontece em casa.

Diferenças de preços entre lar e cuidados domiciliários

O custo é um dos fatores que mais preocupa as famílias e os próprios idosos quando chega o momento de escolher entre o apoio domiciliário ou o lar.

No entanto, a melhor opção deverá ser sempre a que vai ao encontro dos desejos do idoso e o tipo de apoio que já tem ao seu dispor por parte dos familiares ou amigos. Cada pessoa tem necessidades diferentes, por isso a escolha deverá enquadrar essas necessidades.

O valor a pagar pode impor limites às opções para escolher, mas é importante não descuidar a qualidade de vida do idoso.

Ambas as soluções têm vantagens e desvantagens e o preço pode ser um fator decisivo na escolha final. Mas dependendo da situação pode até ser necessário voltar atrás na escolha que se fez.

O apoio em casa pode ser uma boa opção enquanto o idoso mantém alguma autonomia e só precisa de ajuda com as tarefas domésticas, mas quando o nível de dependência aumenta, um lar pode ser a solução mais económica porque oferece um serviço mais completo.

Por outro lado, o lar pode apresentar serviços que têm que ser pagos à parte, fora da mensalidade, o que pode conduzir a um aumento considerável da despesa e nesse caso, o apoio domiciliário pode ser a melhor solução.

Ou o contrário, quando há um agravamento das condições de saúde, o apoio domiciliário pode não ser suficiente.

O mais importante, contudo, é que tanto a família como o idoso, se tiver a capacidade para tal, devem decidir em conjunto qual a opção mais viável financeiramente, não descurando o que é mais adequado e a segurança.

A mensalidade de um lar de idosos, com números meramente indicativos, pode variar entre os 1.500 à 15 mil por mês e o apoio domiciliário pode custar entre os 1.400 e 4 mil.

Estes valores podem variar muito, ou ser bastante diferentes, dependendo do local do país em que o idoso se encontra.

Existem ainda apoios sociais e alguns seguros que oferecem a possibilidade de comparticipação no valor da mensalidade.

Quais são os serviços prestados no apoio domiciliário?

Os serviços terão em atenção as necessidades específicas de cada idoso, adaptando a prestação a cada situação em concreto.

Eis alguns dos serviços que podem ser feitos ao domicílio:

Cuidados de Higiene

A higiene é muito importante para garantir o conforto, bem-estar e saúde. Os cuidados podem ser completos ou parciais e podem incluir dar banho, mudança de fraldas, ajudar a entrar na banheira, fazer a barba, entre outros.
Alimentação

O cuidador pode ajudar a preparar ou executar sozinho a preparação dos alimentos de acordo com as necessidades nutricionais do idoso.
Ajuda com as tarefas domésticas

A limpeza da casa, mudar roupa da cama ou ir às compras são algumas das tarefas que o cuidador pode fazer.

Companhia

O cuidador providencia companhia ao idoso, para que este não se sinta sozinho, para que tenha alguém para conversar ou para se sentir mais seguro na sua casa.
Acompanhamento nas idas à rua

A ida a consultas médicas, aos correios ou a eventos de cariz social, entre outras.

Ajuda com a mobilidade

O cuidador pode ajudar a fazer a estimulação da mobilização dos músculos e da mobilidade do corpo em geral, tendo em conta a postura mais adequada e a capacidade física do idoso. A mobilidade vai ajudar a manter o corpo a funcionar adequadamente.

Fisioterapia ao domicílio

As dificuldades de movimento que aparecem como o envelhecimento, provocam graus diferentes de imobilidade, o que traz consequências para a locomoção, diminuição de massa muscular, alterações do aparelho digestivo e dificuldades respiratórias.

A fisioterapia a domicilio vai atuar nestas condições para ajudar a trazer alívio e maior capacidade de resposta por parte do idoso.

A fisioterapia também pode atuar na reabilitação de doenças neurológicas como o AVC ou a doença de Alzheimer, ou em períodos de recuperação a seguir a uma cirurgia.
Enfermagem ao domicílio

A enfermagem domiciliar é fundamental na prevenção de situações de crise de saúde, reabilitação e recuperação durante o período em que ocorre a doença.

A assistência de enfermagem pode ser pontual, como por exemplo, na aplicação de pensos cirúrgicos ou de úlceras de pressão, algaliação, entubação naso-gástrica, entre outros.

Ou ainda, em regime de assistência e permanência no domicílio até 24 horas por dia, nos casos mais complexos em que o idoso requer uma assistência mais especializada.

Terapia da fala ao domicílio

A terapia da fala está indicada para situações relacionadas com alterações na linguagem, articulação, fluência, voz, mastigação ou deglutição.

Estas situações estão muitas vezes associadas ao AVC no adulto, traumatismos cranianos ou outros episódios traumáticos.

Cuidados paliativos ao domicílio

Quando a situação de saúde do idoso se agrava com a doença a tornar-se prolongada, incurável e progressiva, o acompanhamento foca-se na prevenção do sofrimento e em proporcionar a melhor qualidade de vida possível quer ao idoso, quer à sua família.

Os cuidados paliativos domiciliares requerem cuidados de saúde específicos e uma equipa multidisciplinar onde se inclui, médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente domiciliária, entre outros.

Estimulação cognitiva ao domicílio

O envelhecimento pode desencadear alterações na memória, atenção e raciocínio, levando a uma maior dificuldade para o idoso em gerir a sua própria vida, sobretudo nas tarefas que necessitam de coordenação, atenção, rapidez ou precisão.

Esta situação tem um grande impacto na qualidade de vida, na manutenção da capacidade funcional, na motivação e na autoestima. A estimulação cognitiva pode ter um papel importante nestes casos.

Promove o envolvimento em atividades que visam a melhoria geral do funcionamento cognitivo e social, de forma a compensar défices nas funções cognitivas e a manter a função diária preservada durante o máximo tempo possível.
Cuidados a ter na contratação do serviço de apoio domiciliário

Quando a escolha recai sobre o serviço de apoio domiciliário, há vários fatores a considerar para garantir um serviço que corresponda ao esperado e possa atender às necessidades do idoso:

A empresa deverá ter o alvará da Segurança Social para a prática da atividade de apoio domiciliar.

A qualificação dos colaboradores da empresa, sua experiência profissional assim como dos coordenadores técnicos deve ser verificada. É importante que haja uma coordenação técnica com formação na área da saúde.

Verificar se a empresa tem capacidade de resposta para os cuidados pretendidos e de recursos humanos, de modo a que a assistência ao idoso não seja posta em questão ou interrompida.

A existência ou não de seguros para acidentes com o cuidador, ou danos ao idoso que aconteçam no seu domicílio.

A existência de um contrato onde estejam descritos os serviços contratados, clarificando o que é pretendido com o apoio domiciliário.

Verificar se existe uma oferta mais extensa de outros serviços além do apoio domiciliário.

É importante salientar que a opção pelo apoio domiciliário implica também o pagamento de ordenado mensal, assim como as contribuições à segurança social, seguros, entre outras responsabilidades sociais, como o pagamento das férias e outros subsídios.

Por outro lado, se houver faltas por motivos de doença ou férias, é necessário procurar e contratar um substituto, o que muitas vezes pode ser um processo demorado.
Conclusão

Não é fácil tomar a decisão de escolher entre um lar de idosos ou o apoio domiciliário. Mas, a decisão deve ser tomada respeitando a vontade do idoso e tendo em conta os cuidados que este necessita.

O mais importante é que o idoso se sinta amado e respeitado nas suas decisões.

No momento da decisão devem ser ponderados vários fatores como, a capacidade da família para cuidar do idoso desde a disponibilidade de tempo à financeira e ao tipo de cuidados exigidos, ou até a vontade do próprio idoso.

Quer o apoio domiciliar como a residência em lar de idosos tem vantagens e desvantagens. Mas, importa não esquecer que independentemente da decisão, esta irá impactar o bem-estar futuro do idoso.

Para muitos idosos, o envelhecimento em casa é, em princípio, uma melhor opção, proporcionando geralmente tanto aos idosos como aos familiares uma maior paz de espírito.

Seja qual for a fase em que o idoso se encontra no processo de envelhecimento, vale sempre a pena, pelo menos tentar fazer algumas coisas para melhorar o espaço envolvente do idoso para ajudar a criar mais conforto e aumentar a qualidade nesta fase da vida.


Fonte: https://novocuidar.pt/apoio-domiciliario-ou-lar-de-idosos-qual-e-o-melhor
Referências:
Liveinplacedesigns.com

Esgotamento físico, emocional e espiritual - Você conhece a síndrome do cuidador



Cuidar de alguém pode trazer muitos pontos positivos em sua vida, mas é também um trabalho que pode lhe levar ao esgotamento físico, emocional e espiritual. Destacamos alguns pontos importantes e como prevenir a síndrome do cuidador, para alertar sobre este mal e promover qualidade de vida não somente para o dependente, mas também para quem precisa estar em plenas condições de atendê-lo. 

Sobre o bournout/ síndrome do cuidador

O burnout, ou a síndrome do cuidador, caracteriza-se pela exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal. Este resulta da exposição prolongada ao stress e à sobrecarga de responsabilidades ao exercer as atividades de cuidador (a). Os sintomas estão ligados ao cunho físico, psíquico ou social e na maior parte das vezes não é percebido pelo portador. Confira alguns sintomas clássicos que caracterizam a síndrome:

-Se dedicar excessivamente para o paciente e não ter tempo para si
-Ter pensamentos e sentimentos negativos por quem você cuida
-Esgotamento físico e mental
-Acessos de agressividade e irritabilidade
-Ansiedade
-Distúrbios do sono
-Pouca disposição para lazer e interações sociais
-Controle possessivo sobre o paciente


Como prevenir?

Algumas dicas simples podem aliviar a síndrome de bournout, ou ainda, minimizá-la a tal ponto de deixar de existir. Primeiramente busque o equilíbrio: separe o seu papel de cuidador (a) das suas atividades pessoais. Arrume tempo para si, sempre!

Não tente implantar este processo rapidamente, pois qualquer movimentação brusca pode chocar quem você se dedica e causar um mal desnecessário para ambos. Se concentre no fato de que tudo pode ser feito de forma paulatina e diariamente.

Concentre-se em não tornar sua relação uma rotina desgastante, busque sempre por pequenas novidades que podem tornar seu convívio mais leve e prazeroso. Tente lidar com as dificuldades com sabedoria e, especialmente: bom humor. Nem sempre é possível, mas na medida do possível sorria e faça sorrir.
 

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Fases da demência: o que esperar à medida que a doença progride


 



A incerteza com a progressão da demência ou da doença de Alzheimer é um dos maiores desafios quer para os doentes quer para quem cuida deles.

Na verdade, ninguém pode prever o que irá acontecer com a capacidade cognitiva, comportamento ou preferências do idoso ou quando estas mudanças irão acontecer.

Mas, uma melhor compreensão das diferentes fases da demência, permite ter uma melhor noção do que esperar e pode ser usada como orientação para planear o futuro.

Existem muitos tipos diferentes de demência e todos eles são progressivos. Isto significa que os sintomas podem ser relativamente ligeiros no início, mas pioram com o tempo, geralmente ao longo de vários anos.

Estes incluem problemas de memória, pensamento, resolução de problemas ou linguagem e muitas vezes incluem também mudanças nas emoções, percepção ou nos comportamentos.

À medida que a demência progride, a pessoa afetada precisará de mais ajuda e, a dada altura, precisará de muito apoio com a vida quotidiana.

No entanto, a demência é diferente para todos, pelo que variará a rapidez com que a progressão acontece e o tipo de apoio necessário.

Ter conhecimento sobre as 3 fases da demência, sintomas comuns em cada fase, e porque é que os sintomas do idoso nem sempre se encaixam nestas fases, pode ser uma grande ajuda para lidar com algumas situações.

Quais são as 3 fases da demência?

Geralmente são designadas três fases de desenvolvimento da doença: a fase inicial, fase intermédia e a fase tardia.

Os sintomas também são geralmente descritos como leves, moderados e severos, tendo em conta o nível de impacto e a forma como afetam a pessoa.

Estas fases podem ser utilizadas para compreender como a demência pode mudar com o tempo e para ajudar as pessoas a prepararem-se para as alterações provocadas pela doença.

As fases também funcionam como um guia para quando certos tratamentos, como é o caso dos medicamentos para a  doença  de Alzheimer, são suscetíveis de funcionar melhor. Tipicamente, estas fases aplicam-se a todos os tipos de demência, incluindo a Alzheimer.

Mas é importante lembrar que alguém com demência pode nem sempre encaixar numa fase específica ou passar por cada fase porque a progressão da demência é única e diferente para cada pessoa.

Estas são as 3 fases:

Demência precoce ou leve

Na fase inicial, uma pessoa com demência pode ainda ser capaz de viver de forma independente.

Pode ainda ser capaz de conduzir, trabalhar e socializar. No entanto, provavelmente vão existir lapsos de memória, como esquecer palavras familiares ou a localização de objetos do quotidiano.

Pode começar a ser cada vez mais notório que a pessoa afetada apresenta dificuldades, sente perda de memória, ou parece desligada da realidade. Num exame médico completo, os médicos poderão detectar problemas na memória ou na concentração.

Os sintomas podem incluir:

Esforço para encontrar a palavra ou o nome correto
Encontrar dificuldades para realizar tarefas diárias em ambientes sociais ou de trabalho
Esquecer algo que acabaram de ler
Perder ou colocar coisas frequentemente no lugar errado
Problemas crescentes com o planeamento ou organização
Tomar decisões com um julgamento incaracteristicamente deficiente

Demência média ou moderada

A fase média da demência é geralmente a mais longa e pode durar muitos anos. À medida que a demência progride, a pessoa precisará de um nível de cuidados crescente.

Nesta fase, fica evidente que as pessoas confundem palavras, ficam muitas vezes frustradas ou zangadas, ou agem de formas inesperadas, como recusar-se a tomar banho. Danos no cérebro podem dificultar a expressão e fazer as coisas do dia-a-dia.

Nesta fase os sintomas podem incluir:

Esquecer coisas que aconteceram recentemente ou acontecimentos importantes da vida
Ser temperamental ou retraído, especialmente em situações sociais ou quando algo requer demasiada reflexão
Não conseguir lembrar coisas significativas como o seu endereço ou número de telefone
Confusão sobre onde estão ou que dia é
Necessidade de ajuda na escolha do vestuário apropriado para a época ou ocasião
Problemas com incontinência
Mudança nos padrões de sono, como dormir durante o dia e agitação à noite
Um risco acrescido de vaguear e de se perderem
Mudanças de personalidade e comportamento, incluindo paranoia, delírios e comportamento compulsivo e repetitivo

Demência na fase avançada

Na fase final da demência, as pessoas perdem progressivamente a capacidade de se envolverem no mundo externo, de manter conversas e de controlar os seus músculos.

Podem ainda ser capazes de falar, mas comunicar e expressar pensamentos torna-se difícil, mesmo para algo básico como a dor.

A memória e as capacidades cognitivas continuam a piorar e poderá haver mudanças significativas de personalidade ou o desenvolvimento de apatia ou marasmo.

Nesta fase, as pessoas com demência têm necessidades muito particulares que incluem:

Necessitam de ajuda 24h por dia com as atividades diárias e cuidados pessoais
Uma dificuldade crescente em comunicar
Perda do conhecimento das experiências recentes e do seu ambiente
Gradual e progressivamente perder capacidades físicas, incluindo a capacidade de andar, sentar-se e engolir
É mais fácil desenvolver infeções, especialmente pneumonia

Porque é que a demência é progressiva?

A demência não é uma condição única. É causada por diferentes doenças físicas do cérebro, como por exemplo, doença de Alzheimer, demência vascular, demência por corpos de Lewy e demência frontotemporal.

Na fase inicial de todos os tipos de demência, apenas uma pequena parte do cérebro é danificada. Nesta fase, uma pessoa tem menos sintomas, já que apenas as capacidades que dependem da parte danificada do cérebro são afetadas.

Estes sintomas iniciais são geralmente relativamente menores. É por isso que esta fase é geralmente designada por demência leve.

Cada tipo de demência afeta uma área diferente do cérebro na fase inicial. Esta é a razão pela qual os sintomas variam entre os diferentes tipos.

Por exemplo, a perda de memória é comum na fase inicial da doença de Alzheimer, mas numa fase mais avançada também é afetada a orientação espacial. Por outro lado, na demência frontotemporal não há alterações de memória na fase inicial.

À medida que a demência progride para as fases médias e posteriores, os sintomas dos diferentes tipos de demência tendem a tornar-se mais semelhantes. Isto deve-se ao facto de mais partes do cérebro serem afetadas à medida que a demência progride.
A demência e o cérebro

Saber mais sobre o cérebro e como ele pode mudar pode ajudar a compreender os sintomas da demência. Pode ajudar uma pessoa com demência a viver melhor, ou a apoiar um cuidador de uma pessoa com demência a lidar melhor com a situação.

Ao longo do tempo, a demência propaga-se a outras partes do cérebro. Isto leva a mais sintomas, porque mais zonas do cérebro são incapazes de funcionar corretamente.

Ao mesmo tempo, áreas já danificadas do cérebro tornam-se ainda mais afetadas, causando um agravamento dos sintomas que a pessoa já tem.

Eventualmente, a maioria das partes do cérebro são gravemente danificadas pela doença. Esta situação causa grandes mudanças em todos os aspetos da memória, pensamento, linguagem, emoções e comportamento, assim como problemas físicos.

Diferentes demências causam diferentes situações

Uma pessoa com demência nem sempre se enquadra numa só fase. A demência afeta cada pessoa de uma forma única e altera diferentes partes do cérebro em diferentes pontos da progressão da doença. Além disso, diferentes tipos de demência tendem a ter diferentes sintomas.

Por exemplo, alguém com demência frontotemporal pode primeiro mostrar comportamentos extremos e mudanças de personalidade. Mas alguém com a doença de Alzheimer apresenta primeiro a perda de memória a curto prazo e dificuldades com tarefas quotidianas.

Ainda não se sabe o suficiente sobre como estas doenças funcionam para que se consiga prever exatamente o que irá acontecer ao longo da progressão.

Outra circunstância comum é uma pessoa que está na fase intermédia da demência ter de repente um momento, hora ou dia normal em que parece estar de volta às suas capacidades pré-demência.

Podem ser cognitivamente estimulados durante algum tempo, mas, mais tarde, voltam a ter uma óbvia deficiência cognitiva. Quando isto acontece, algumas pessoas podem sentir que o idoso está a fingir os seus sintomas ou simplesmente não se está a esforçar o suficiente.

É importante perceber que isto não é verdade, é a demência que está a causar o declínio das capacidades, bem como os estranhos momentos de clareza súbita, não o estão realmente a fazer de propósito.

Desta forma, conhecer as fases da demência ajuda a lidar melhor com estas situações. Mesmo que as etapas não ocorram de forma exata e os sintomas possam ser imprevisíveis, é essencial ser capaz de planear com antecedência.

Por outro lado, os cuidados com a doença de Alzheimer e a demência podem ser dispendiosos e demorados. Estar preparado para as crescentes necessidades de cuidados é uma necessidade.

A um nível emocional, ter uma ideia dos sintomas a esperar ajuda a encontrar formas de lidar com comportamentos mais desafiantes. Também dá uma oportunidade de preparação mental para as mudanças inevitáveis que ocorrem com o idoso na família.

Qual é a rapidez com que a demência progride?

Não há forma de ter a certeza da rapidez com que a demência de uma pessoa irá progredir. Algumas pessoas com demência necessitarão de apoio muito pouco tempo depois do seu diagnóstico. Em contraste, outras permanecerão independentes durante vários anos.

A velocidade com que a demência progride varia muito de pessoa para pessoa devido a múltiplos fatores como por exemplo:
O tipo de demência

Alguns tipos progridem mais lentamente do que os outros, como por exemplo a doença de Alzheimer.

Idade de uma pessoa

Por exemplo, a doença de Alzheimer progride geralmente mais lentamente nas pessoas mais velhas, com mais de 65 anos, do que nas pessoas mais jovens, com menos de 65 anos.
Outros problemas de saúde a longo prazo

A demência tende a progredir mais rapidamente se a pessoa tiver outras doenças, tais como doenças cardíacas, diabetes ou tensão arterial elevada, particularmente se estas não forem bem geridas.

Delirium

É uma condição médica que começa subitamente. Apresenta mudanças repentinas de humor e alucinações, que podem durar horas ou dias.

Além da confusão mental, a pessoa afetada tende a dormir muito, dizer frases sem nexo, apresentar comportamentos com agressividade ou agitação.
Como pode uma pessoa com demência manter as suas capacidades por mais tempo?

Vários estudos indicam que há algumas coisas que uma pessoa com demência pode fazer para manter as suas capacidades por mais tempo.

Alguns exemplos são:

Manter uma perspectiva positiva
Aceitar apoio de outras pessoas, incluindo amigos, familiares e profissionais
Comer de forma saudável e dormir bem
Não fumar ou beber demasiado álcool
Participar em atividades físicas, mentais e sociais

É também importante que uma pessoa com demência tente manter-se saudável o mais possível.

Eis algumas estratégias:

Gerir quaisquer condições de saúde existentes da melhor forma possível
Fazer exames de saúde regulares, particularmente aos olhos e ouvidos
Perguntando ao médico assistente a melhor forma de gerir a gripe sazonal e a infeção pneumocócica, que podem levar a bronquite ou pneumonia.

O objetivo é evitar que problemas de saúde novos ou já existentes se desenvolvam ou se agravem, o que pode contribuir para que a demência progrida mais rapidamente.

Nem todas as mudanças no estado de uma pessoa são um sintoma de demência, mesmo quando essa alteração é súbita.

Se as capacidades mentais ou o comportamento da pessoa mudarem subitamente ao longo de um ou dois dias, a pessoa pode ter desenvolvido um problema de saúde diferente da demência.

Por exemplo, uma deterioração ou mudança súbita pode ser um sinal de que uma infeção provocou um episódio de delírio, ou pode sugerir a ocorrência de um derrame.

A ocorrência de um AVC é particularmente comum em alguns tipos de demência vascular e pode fazer com que a demência progrida faseadamente.

Quando um AVC acontece, causa mais danos no cérebro, o que pode resultar num declínio bastante percetível das capacidades da pessoa.

Em qualquer situação em que uma pessoa com demência muda subitamente, ou simplesmente não parece ser ela própria, o melhor é falar com o médico ou enfermeiro o mais rápido possível.

Conclusão

A demência é progressiva, o que significa que os sintomas podem ser relativamente leves no início, mas pioram com o tempo.

A demência afeta as pessoas de forma diferente, contudo considera-se geralmente que progride em três fases. As fases da demência servem apenas como um guia.

A demência também não segue um padrão exato ou um certo número de passos que acontecem da mesma forma para todas as pessoas com demência.

Pode ser difícil saber quando a demência de uma pessoa progrediu de uma fase para outra porque alguns sintomas podem aparecer numa ordem diferente das fases descritas ou não aparecerem de todo.

As etapas podem sobrepor-se e a pessoa afetada pode precisar de ajuda em alguns aspetos da vida quotidiana, mas ser capaz de gerir outras tarefas e atividades por si própria.

Alguns sintomas, particularmente os ligados a comportamentos, podem desenvolver-se numa determinada fase e depois reduzir ou mesmo desaparecer mais tarde.

Outros sintomas, tais como perda de memória e problemas de linguagem e pensamento, tendem a piorar com o tempo.

É natural querer saber em que fase se encontra uma pessoa ou o que poderá acontecer a seguir. Mas é mais importante prestar atenção à pessoa a cada momento presente, incluindo as suas necessidades e como podem viver melhor apesar da doença.

O final da vida também pode apresentar desafios específicos. A pessoa nos últimos meses de vida com demência pode sofrer uma deterioração mental e física crescente, necessitando eventualmente de cuidados 24h por dia.

Quando a pessoa se aproxima do final, o foco do tratamento muda para cuidados paliativos e o conforto. Não descurando o respeito pelos desejos da pessoa.

Tal como acontece com os cuidados com alguém que vive com uma doença terminal, as necessidades físicas, emocionais e espirituais da pessoa com demência devem ser tratadas com cuidado para assegurar que estejam tão confortáveis quanto possível até ao fim.


Fonte: https://novocuidar.pt/fases-da-demencia-o-que-esperar-a-medida-que-a-doenca-progride
Referências:Associação Alzheimer Portugal
Alzheimers UK

terça-feira, 9 de abril de 2024

Praticantes de yoga podem estar protegidos contra o declínio cognitivo durante o processo de envelhecimento?

 


Cientistas do Instituto do Cérebro (Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein), da Universidade Federal do ABC e da Harvard Medical School fizeram imagens do cérebro de mulheres idosas praticantes de yoga e encontraram um córtex pré-frontal mais espesso em regiões associadas a funções cognitivas como atenção e memória. Os resultados sugerem que o yoga pode ser uma maneira de proteger o cérebro contra o declínio cognitivo que ocorre no envelhecimento.
 
Quando envelhecemos, ocorrem mudanças estruturais e funcionais do cérebro e isto frequentemente leva ao declínio cognitivo, incluindo deficiências na atenção e memória. Uma das mudanças é a redução da espessura do córtex cerebral, o que os cientistas têm associado ao declínio cognitivo. Então, como podemos retardar ou reverter estas mudanças?
 
Você pode pensar em medicamentos que podem ser necessários para isto, mas supreendentemente a resposta pode estar em práticas contemplativas como o yoga. Praticantes de yoga mantem-se em posturas e realizam exercícios respiratórios e meditação.
“Da mesma maneira que os músculos, o cérebro também se desenvolve com o treinamento,” explica Elisa Kozasa, pesquisadora do INCE/IIEP do Einstein, orientadora do estudo, que recentemente foi publicado na Frontiers in Aging Neuroscience. “Como qualquer prática contemplativa, o yoga tem um componente cognitivo em que atenção e concentração são importantes”.
 
Estudos anteriores sugeriram que o yoga pode trazer benefícios à saúde similares ao exercício aeróbico, e que praticantes de yoga têm mostrado melhoras na consciência, atenção e memória. Idosos com declínio cognitivo leve têm também apresentado melhoras de seus sintomas após um breve treinamento em yoga. Mas pode a prática de yoga por vários anos remodelar seu cérebro significativamente e, em caso positivo, pode ela compensar algumas das mudanças que acontecem no cérebro com o envelhecimento? O grupo de pesquisa quis verificar se praticantes de yoga há longo tempo tinham diferenças em termos da estrutura cerebral comparado a idosos saudáveis, que nunca praticaram a modalidade.
 
Eles recrutaram 21 mulheres que fazem yoga (yoginis), que praticavam pelo menos duas vezes por semana, por um mínimo de 8 anos, apesar do grupo ter uma média de aproximadamente 15 anos de prática. Os pesquisadores compararam as yoginis com outro grupo de 21 mulheres saudáveis, que nunca praticaram yoga, meditação ou outra prática contemplativa, mas que foram pareadas com as yoginis em termos da idade (todas com mais de 60 anos) e níveis de atividade física. Para resultados mais consistentes, os pesquisadores recrutaram somente mulheres, e elas completaram questionários para avaliação de outros fatores que poderiam afetar a estrutura cerebral como depressão ou anos de educação formal.
 
Os pesquisadores fizeram as imagens do cérebro das participantes através da ressonância magnética funcional para verificar se haviam diferenças na estrutura cerebral. “Nós encontramos maior espessura cortical no córtex pré-frontal esquerdo nas yoginis, em regiões associadas com funções cognitivas como a atenção e memória”, menciona Rui Afonso, doutorando e autor principal do estudo. Como os grupos foram muito bem pareados em termos de outros fatores que podem modificar a estrutura cerebral, como níveis educacionais, e de depressão, a prática do yoga parece ser o fator subjacente à diferença estrutural dos cérebros.
Os resultados sugerem que a prática do yoga no longo prazo, pode mudar a estrutura do cérebro e pode proteger contra declínios cognitivos com a idade. Porém, o grupo planeja realizar mais estudos para verificar se estas diferenças cerebrais podem resultar em melhor performance cognitiva nas yoginis idosas.
 
Outra possibilidade é que pessoas com estas diferenças estruturais seriam mais propensas a praticar yoga. “Nós comparamos yoginis experientes com não praticantes, então nós não sabemos se as yoginis já tinham estas diferenças antes de começar o yoga”, explica Afonso. “Isto só pode ser confirmado por estudos acompanhando por alguns anos as pessoas a partir do momento em começam a prática do yoga”.

Publicado em: 26/07/2017

Fonte: Hospital Albert Einstein


segunda-feira, 8 de abril de 2024

Dicas para facilitar a vida dos cuidadores de idosos - OrthoHouse



Aqui vão algumas dicas para facilitar o dia a dia de pessoas acamadas:

  1. Organização do ambiente: Mantenha os itens essenciais próximos, como água, alimentos leves, controle remoto da TV, livros, telefone e medicamentos. Isso evita a necessidade de se mover muito

  2. Posicionamento adequado: Mude a posição do corpo regularmente para prevenir úlceras de pressão e desconforto. Use travesseiros ou almofadas para apoiar áreas como costas, pernas e pescoço.

  3. Exercícios leves: Se possível, realize exercícios leves de alongamento e fortalecimento muscular conforme recomendado por um profissional de saúde. Isso ajuda a evitar a perda de massa muscular e a manter a circulação sanguínea.

  4. Monitoramento da saúde: Mantenha um registro das condições de saúde da pessoa acamada, incluindo sintomas, medicamentos tomados e visitas médicas. Isso pode ajudar a acompanhar o progresso e identificar qualquer preocupação médica.


 

quinta-feira, 14 de março de 2024

Transforme o conforto e a segurança dos seus entes queridos com Camas Hospitalares da OrthoHouse



Em busca de conforto e segurança para aqueles que amamos? 
Descubra como as camas hospitalares da OrthoHouse estão revolucionando o cuidado domiciliar há mais de 8 anos! 
Neste vídeo, exploramos a importância de escolher uma loja com experiência comprovada, garantindo não apenas produtos de qualidade, mas também a tranquilidade de saber que seus entes queridos estão em boas mãos. 
Junte-se a nós enquanto mergulhamos no mundo das camas hospitalares e como elas podem fazer toda a diferença na vida dos seus entes queridos.




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terça-feira, 12 de março de 2024

Esgotamento em cuidadores de familiares idosos ou com necessidades especiais: Estratégias de autocuidado e a busca por ajuda médica


 

Cuidar de familiares idosos ou com necessidades especiais é uma tarefa que exige amor, paciência e dedicação. No entanto, essa responsabilidade pode acarretar um grande ônus emocional e físico nos cuidadores, levando ao que é conhecido como "burnout" ou esgotamento. O burnout é um estado de exaustão física, mental e emocional resultante do estresse prolongado e intenso. Neste artigo, vamos explorar os desafios enfrentados pelos cuidadores, sinais de burnout e estratégias para preveni-lo, além de incentivar a busca por ajuda médica quando necessário.

Desafios dos Cuidadores

Cuidar de um familiar idoso ou com necessidades especiais pode ser uma jornada repleta de desafios emocionais, físicos e financeiros. Os cuidadores frequentemente enfrentam uma carga de trabalho intensa, lidando com tarefas como administração de medicamentos, auxílio na mobilidade, higiene pessoal, entre outros. Além disso, muitas vezes precisam conciliar essas responsabilidades com o trabalho fora de casa e outras obrigações familiares.

Sinais de Burnout

O burnout pode se manifestar de diversas formas e pode afetar tanto a saúde física quanto a mental dos cuidadores. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  1. Fadiga constante: Sentir-se constantemente cansado, mesmo após períodos de descanso adequado.
  2. Irritabilidade e mudanças de humor: Tornar-se facilmente irritado, impaciente ou deprimido.
  3. Isolamento social: Sentir-se cada vez mais isolado e distante de amigos e familiares.
  4. Problemas de sono: Dificuldade para dormir ou distúrbios do sono.
  5. Diminuição do desempenho no trabalho ou em outras áreas da vida: Dificuldade em concentrar-se ou completar tarefas.
  6. Negligência do próprio bem-estar: Descuidar da própria saúde, alimentação e higiene pessoal.

Estratégias de Autocuidado

É essencial que os cuidadores adotem medidas para proteger sua própria saúde e bem-estar. Algumas estratégias eficazes de autocuidado incluem:

  1. Estabelecer limites: Reconhecer e respeitar seus próprios limites físicos e emocionais. Não hesite em pedir ajuda quando necessário e aprender a dizer não a demandas excessivas.
  2. Priorizar o descanso: Garantir uma boa noite de sono e tirar pequenas pausas durante o dia para relaxar e recarregar as energias.
  3. Manter uma rede de apoio: Buscar apoio emocional em amigos, familiares ou grupos de apoio para cuidadores.
  4. Praticar atividades relaxantes: Incorporar atividades que promovam o relaxamento e o bem-estar, como meditação, ioga, ou simplesmente passeios ao ar livre.
  5. Cuidar da própria saúde: Priorizar uma alimentação saudável, exercícios físicos regulares e consultas médicas de rotina.
  6. Buscar momentos de lazer: Reserve tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, mesmo que seja apenas por alguns minutos por dia.

Buscando Ajuda Médica

É fundamental que os cuidadores reconheçam os sinais de burnout e estejam abertos à busca de ajuda profissional quando necessário. Um médico ou profissional de saúde mental pode oferecer apoio, orientação e, se necessário, encaminhamento para tratamento adequado. Isso pode incluir terapia individual ou em grupo, medicação para tratar sintomas de ansiedade ou depressão, ou simplesmente oferecer estratégias para lidar com o estresse.

Conclusão

Cuidar de um familiar idoso ou com necessidades especiais é uma tarefa nobre, mas desafiadora. É importante que os cuidadores reconheçam a importância do autocuidado e estejam atentos aos sinais de burnout. Priorizar o próprio bem-estar não é egoísmo, mas sim uma necessidade para continuar oferecendo o melhor cuidado possível ao ente querido. Além disso, buscar ajuda médica quando necessário é um passo crucial na preservação da saúde física e mental do cuidador. Lembre-se sempre: cuidar de si mesmo é uma parte essencial de cuidar dos outros.



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